domingo, 9 de novembro de 2008

Metodologia e Recursos Didáticos Utilizados

O Treinamento Teórico-Prático

Obedecendo a um calendário proposto mensalmente e elaborado de acordo com as necessidades do grupo, as aulas teóricas e vivências foram organizadas em encontros semanais de cerca de 2 horas, o que se tornaria o 1º. Curso de Formação para o Serviço Voluntário nas Situações de Morte, Perdas e Luto no Contexto Hospitalar. Material didático produzido para cada aula era oferecido, assim como sugestão de leitura e estudo dirigido, cujos livros eram disponibilizados como empréstimo por 15 dias, quando então deveriam ser devolvidos e passados para outro voluntário.
As vivências obedeciam temas que favoreciam o encontro consigo, propiciando um maior autoconhecimento, onde, de maneira leve e lúdica, os voluntários falavam de si com muita profundidade. Contavam assim suas histórias pessoais e de morte, perdas e luto, compartilhando-as entre si. Segundo Joan Laird (1989), à medida que contamos histórias passamos a nos conhecer, construindo assim, identidades coerentes que extraem sentido do contexto social mais amplo e da nossa conexão com ele. Conforme afirma Susan Griffin (1993), toda história é uma parte de nós, de tal forma que quando as histórias são contadas e os segredos revelados sobre membros da nossa família ou sobre eventos trágicos ocorridos muito tempo atrás ou em lugares remotos, nossas vidas se tornam mais claras.
Além do material áudio-visual do Projeto Falando de Morte, desenvolvido pelo LEM, citado anteriormente, técnicas expressivas como recorte e colagem, desenho e pintura também foram usadas, assim como dramatizações e técnicas de expressão corporal. Após as aulas teóricas sobre as principais doenças como o câncer e o perfil psicológico do portador do câncer e suas relações afetivas, o grupo era convidado a perceber seus próprios sentimento e reações para que ao falar de morte, os voluntários desfizessem suas fantasias infantis e muitas vezes pertinentes sobre o tema. Foram elaboradas vivências com lápis de cor e de cera e massinha de modelar para que trabalhassem seus sistemas de crenças e conceitos sobre a morte, expressando seus conceitos pessoais, medos e raiva.
Perguntas como “Por que quero ser voluntário?”, também foram trabalhadas de forma lúdica, porém profunda, propiciando uma tomada de decisão sincera baseada no entendimento profundo de suas próprias motivações para a escolha de tal trabalho. A seqüência de aulas e vivências realizadas de maio de 2005 até fim de novembro de 2006 encontra-se no Anexo 1.
Ressalta-se ainda o website www.girasohl.com.br[1], veículo de informação e aprendizado onde encontravam-se informações sobre o projeto assim como a biblioteca virtual disponível e links interessantes para estudo e auto-ajuda.
[1] Atualmente o site está desativado.

Nenhum comentário: